O Governo do Espírito Santo, por meio das secretarias de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e de Turismo (Setur), anunciou na última sexta-feira (27) importantes projetos de infraestrutura para Guarapari.

Durante a cerimônia, realizada no auditório do Sesc da cidade, foram apresentados o Plano de Mobilidade do município, elaborado pela Sedurb, que visa preparar Guarapari para a expansão urbana; e o projeto náutico e de urbanização da orla do Canal de Guarapari. Ainda durante a cerimônia, o governador autorizou o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a preparar a licitação de contratação da empresa que elaborará o projeto para a 2ª Ponte do município.

A secretária do Turismo Diomedes Maria Caliman Berger destacou a importância dada pelo Governo do Estado ao setor. "Desde o início, o governador Renato Casagrande tratou o turismo como prioridade, incluindo-o em três eixos estratégicos do planejamento. Isso permitiu o desenvolvimento de programas, projetos e ações que trouxeram avanços para este setor, tão importante como vetor de desenvolvimento econômico e social."

Ainda segundo a secretária nos últimos três anos o turismo do Espírito Santo teve o maior investimento e transformação de toda a sua história. "Foram mais de R$ 400 milhões em projetos nas áreas de qualificação profissional, infraestrutura, marketing e promoção para fortalecer o setor nas 10 Regiões Turísticas do Estado", emendou Diomedes.

Orla do Canal de Guarapari

Entre as maiores ações da Setur na área de infraestrutura está a reurbanização da orla do Canal de Guarapari e o seu projeto náutico. A assinatura da Ordem de Serviço marca o início de um novo momento que a cidade viverá após a realização da obra.

Com recursos da ordem de R$ 42 milhões, o maior aporte já captado junto ao Ministério do Turismo, sendo R$ cerca de 30 milhões do Governo Federal e aproximadamente 12 milhões de contrapartida do Estado, o projeto náutico e de urbanização da orla do Canal de Guarapari integra o Programa de Recuperação Turística do Centro do município.

Idealizado para fortalecer a tradição turística de Guarapari, o projeto dotará a cidade de uma nova estrutura voltada para o desenvolvimento de atividades de turismo náutico e contemplativo para moradores e visitantes. Com uma área de intervenção de aproximadamente 32.500 m², compreende cerca de um quilômetro da orla do Canal, no trecho conformado pela Rua Joaquim Augusto Ribeiro de Castro e pela Avenida Pedro Ramos.

Projeto

O projeto náutico e de urbanização da orla do Canal de Guarapari integra o Programa de Recuperação Turística do Centro do município, coordenado pelo Governo do Estado e idealizado para resgatar a tradição histórica e turística da cidade, tornando-a mais atraente para os moradores e visitantes. Prevê um total de 32.500 m² de área urbanizada e 2.222,07m² de área construída.

A secretária de Estado do Turismo Diomedes Caliman Berger ressalta a importância do projeto para a revitalização da orla do Canal de Guarapari e que isso será possível graças ao maior convênio da história do Estado junto ao Ministério do Turismo.

Em janeiro deste ano, o Governo do Estado inaugurou a praça Trajano Lino Gonçalves. A reforma e requalificação da praça recebeu um investimento de aproximadamente R$ 950.000,00, representando a primeira parte do projeto náutico e de reurbanização da Orla do Canal de Guarapari.

Situada entre as ruas Sizenandro B. Mattos, Joaquim A. R. de Castro e Manoel Lima, a Praça Trajano Lino Gonçalves possui uma área aproximada de 5 mil metros quadrados. Com as intervenções concluídas, a Praça Trajano Lino Gonçalves tornou-se um espaço aprazível para as famílias, arborizada, colorida, com área de contemplação e playground infantil.

Plano de mobilidade

Dentre as propostas elaboradas pelo plano de mobilidade está a construção de um binário na ES 060, no trecho da Praia do Morro, e a melhoria de acessos à futura 2ª ponte, ligando o bairro Itapebuçu ao bairro Ipiranga.

O governador Renato Casagrande, ressaltou a importância do Plano para o desenvolvimento do município. "O diagnóstico que o plano traz para o município visa beneficiar primeiramente os moradores da cidade, dando à gestão municipal condições de oferecer melhores oportunidades para seus cidadãos. Se a população que vive aqui tiver qualidade de vida e mais dignidade, com certeza os turistas e visitantes também serão beneficiados e terão prazer em retornar", frisou Casagrande.

A proposta do Plano de Mobilidade visa reduzir a distância e o tempo de viagem, além de possibilitar melhor desempenho das pontes e da rede viária com menor saturação e maior velocidade do tráfego. Os projetos viários devem incluir infraestrutura cicloviária, em continuidade e conectividade com o sistema existente.

O objetivo da ação é contribuir para a mobilidade de pessoas e bens no espaço urbano de forma segura, confortável, com tempos aceitáveis, custos acessíveis, eficiência energética e impactos ambientais reduzidos, utilizando todo o sistema de mobilidade urbana.

O subsecretário de Estado de Saneamento e Habitação, Eduardo Calhau, frisou a importância dos estudos. "Estes estudos elaborados em cada um dos seis municípios contemplados, irão nortear as ações e planejamentos da gestão municipal para que as cidades se desenvolvam de forma sustentável e com qualidade de vida para seus moradores", destacou.

Demandas regionais

Durante a elaboração dos estudos foram realizadas oficinas, seminários e pesquisas de campo, que possibilitaram conhecer mais a fundo as demandas de cada município, por meio de diálogo com a população e com a gestão municipal.

Também foram realizadas entrevistas visando levantar dados relativos às sinalizações das principais vias que integram o sistema viário das regiões, avaliação do transporte público coletivo, veículos não motorizados, pesquisa de origem e destino, dentre outras. As entrevistas foram utilizadas como instrumento na realização do planejamento municipal de transportes, por representarem uma fonte de dados para o conhecimento da natureza dos deslocamentos da população no espaço urbano.

As intervenções priorizam a locomoção de pedestres, garantindo o acesso seguro também a ciclistas, usuários do sistema de transporte público e motoristas.

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