10/06/2013 10h23 - Atualizado em 27/01/2016 16h10

Sinalização e demarcação da Rota Imperial marca nova fase do turismo histórico no Estado

foto: Asscom/Setur
Descerramento do marco zero.


Um importante passo no resgate da história e da cultura do Espírito Santo foi dado na manhã deste sábado (08), com a inauguração da sinalização e demarcação da Rota Imperial São Pedro D'Alcântara. Além do governador Renato Casagrande e do secretário do Turismo Alexandre Passos, também participaram o presidente da Findes - gestora do Instituto Rota Imperial -, Marcos Guerra; a madrinha do projeto, deputada estadual Luzia Toledo; o presidente do Sebrae José Eugênio Vieira; e os prefeitos dos municípios que integram a rota: Luciano Resende (Vitória), Luiz Carlos Prezoti Rocha (Domingos Martins), Romero Luiz Endringer (Santa Leopoldina) e Francisco Saulo Belisário (Conceição do Castelo).

A solenidade foi realizada no Palácio Anchieta, local considerado o marco zero da rota. Após um farto café da manhã e a apresentação da orquestra Camerata do Sesi, o presidente da Findes Marcos Guerra falou sobre a importância do projeto e apresentou um vídeo institucional sobre a demarcação e sinalização da Rota.

O secretário do Turismo Alexandre Passos lembrou que esse é um importante passo para um projeto ainda maior da Setur: a sinalização das 10 Regiões Turísticas do Estado, que vai garantir mais segurança e conforto para quem circula e visita o Espírito Santo. Alexandre também frisou o grande empenho do governador Casagrande para a estruturação e desenvolvimento do turismo no Espírito Santo.

foto: Asscom/Setur
O secretário Alexandre Passos reforçou a importância da sinalização turística.
O secretário fez questão de agradecer a parceria dos prefeitos de todos os municípios que fazem parte da Rota Imperial, destacando que a partir de agora será possível a captação de grandes eventos. "Várias atividades já estão programadas a partir da sinalização e demarcação da Rota Imperial. Conseguimos captar o Enduro da Independência, que sempre foi realizado em Minas Gerais e percorre Estrada Real e que pela primeira vez será realizado a partir de Vitória, percorrendo municípios capixabas. Também teremos uma competição de 4X4 saindo da Praça dos Namorados", comemorou.

Na solenidade o governador Renato Casagrande destacou que o Espírito Santo vive atualmente o seu quarto ciclo de desenvolvimento e que as áreas de educação, formação profissional e de serviços estão em alta. "Nesse contexto, o turismo tem um papel fundamental, como ferramenta de geração de renda e oportunidades para os capixabas e, por isso, os nossos esforços na direção de fortelecer essa atividade", disse.

Casagrande também afirmou que as cidades capixabas cortadas pela Rota Imperial agora terão nova oportunidade de qualificar o atendimento aos turistas. "A nossas cidades agora podem ter restaurantes e hospedagens, dentre outros serviços, adaptados ao turismo, com um incremento na economia local. Além disso, Vitória, o nosso marco zero, vai ganhar mais um ponto turístico e de resgate histórico, próximo a importantes referências locais, como o Palácio Anchieta, a Catedral e o museu do negro", salientou.

foto: Asscom/Setur
O governador Renato Casagrande afirmou que o turismo tem papel fundamental como ferramenta de geração de renda e oportunidades para os capixabas.
Apesar de não fazer parte oficialmente da Rota, o prefeito de Santa Teresa, Claumir Antônio Zamprogno, também fez questão de participar do evento, que também contou com a assinatura da Lei 10.038, que reconhece o Município de Santa Teresa como a Capital Estadual do Jazz e do Blues pelo governador Renato Casagrande.

Várias outras autoridades também prestigiaram a solenidade, como a senadora Ana Rita, a deputada federal Iriny Lopes, e a deputada estadual e presidente da Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa Lucia Dornellas.

Passeio de reconhecimento

Após o descerramento do marco zero da Rota, localizado em frente ao Palácio Anchieta, cerca de 40 carros, a maioria jipes e trollers, partiram em direção a um passeio que durante o sábado e o domingo percorreu 138 km da Rota Imperial, passando por Santa Leopoldina, Domingos Martins, Conceição do Castelo e Ibatiba.

A Rota

A Rota Imperial/Estrada Real possui 575 km, incluindo 31 municípios, sendo 17 em Minas Gerais e 14 no Espírito Santo. A proposta é integrar o Espírito Santo com Minas pelo caminho percorrido por D. Pedro II quando visitou o Brasil, saindo de Vitória até Ouro Preto.

Os 14 municípios capixabas que integram a Rota são: Vitória, Cariacica, Viana, Domingos Martins, Venda Nova do Imigrante, Castelo, Conceição do Castelo, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Iúna, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Muniz Freire.

O projeto de sinalização e demarcação da rota turística é resultado de dois convênios firmados entre a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e o Instituto Rota Imperial, gerido pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), assinados no final de dezembro de 2010, no valor total de R$ 645 mil.

Demarcação

Ao longo de todo o caminho foram instalados 386 marcos de identificação e 54 placas de sinalização. Os marcos estão colocados a uma distância média de um quilômetro entre um e outro. O material é concreto armado com placas de chapa de aço e tem 2,20 metros de altura.

A obra tem uma grande importância turística, pois valoriza ainda mais uma rota que mistura história, cultura, turismo e desenvolvimento econômico, incluindo visitas a propriedades rurais, belas paisagens, como vales e montanhas, e uma vivência marcante sobre os hábitos de vida dos imigrantes que colonizaram esses municípios.

História

A Rota Imperial São Pedro D'Alcântara insere o Espírito Santo no âmbito da Estrada Real, reproduzindo caminhos abertos no início do século XIX.

A história dessas vias começa durante o período da exploração do território nacional em busca do ouro. Para controlar o trânsito de mercadorias no Brasil, a Coroa Portuguesa proibiu a abertura de estradas.

O percurso feito por tropeiros, ao levar mantimentos para outros estados, a imigração europeia e o trajeto feito por Dom Pedro II mostraram que o Espírito Santo ainda tem muito a ser descoberto, além de ter muita história para contar.


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